Depois de muito tempo enrolando eu finalmente terminei esse livro. "Tudo o que eu sei sobre o amor" conta histórias da vida adulta de uma britânica chamada Dolly Alderton, a autora desse livro. As minhas expectativas em relação ao livro eram muito altas, eu sempre via as pessoas elogiando, recomendações em todas as redes sociais, vídeos de pessoas falando sobre como esse livro pode mudar sua percepção em relação a vida adulta etc. A realidade é que eu me frustrei bastante com essa leitura, sendo bem sincera, no começo eu já não estava achando tão legal, mas quando ela começa a contar sobre a fase dos 20 e pouco eu achei super chato.
O livro conta desde a adolescência até os 30 anos da Dolly, conta sobre o primeiro namorado dela, a primeira vez que teve seu coração partido, suas diversas noites em bares britânicos, passeios, conversas com suas amigas... A questão é que o modo como a autora descreve seu comportamento me deixava incomodada e até mesmo entediada. Qual é o sentido de atravessar Londres de táxi durante a madrugada, bêbada e sem dinheiro, só para ir à casa de um cara que você considera amigo, mas só viu uma vez na vida e mal mantém contato? Pois é, para a Dolly fez sentido. Eu só consegui ficar realmente concentrada na leitura depois que passei da metade do livro, ele só me prendeu no momento em que a Dolly começou a fazer terapia.
Todas essas partes sobre as burradas que a Dolly fez durante a vida são necessárias para chegar na pessoa em que ela se tornou no final do livro, alguém madura e que se valoriza. Durante a leitura eu percebi que a Dolly era alguém com amigos mas que se sentia sozinha, ela não se sentia bem consigo mesma e nem gostava de si mesma, não gostava de sua altura, do seu corpo, eu acho que ela não gostava nem de sua própria personalidade.
Depois que ela começou a fazer terapia, percebeu como agia de forma errada. Envolver-se com caras que não possuem nem 1% de compatibilidade com você não faz sentido, beber muito para esquecer os problemas não irão fazer com que eles sumam, fingir que tudo está bem e ignorar as dificuldades da vida não irá fazer com que tudo se resolva em um passe de mágica.
No final do livro, quando a Dolly estava prestes a fazer 30 anos, ela entrou em uma crise existencial. E sim, ela já tinha tido alta da terapia e já se sentia melhor consigo mesma, mas mesmo assim ficou nervosa. A idade assusta né? E o tempo assusta mais ainda. A autora do livro refletia sobre todas as escolhas que havia feito e como isso afetou a sua história. Ela pensava em como teria sido sua vida se ela tivesse tomado uma atitude diferente em relação a algo. Durante uma conversa, entendeu que todas essas possíveis versões de sua vida não existem. Ela só tem uma vida, e é nessa que deve pensar e viver.
"Eu não conseguia parar de pensar que estava envelhecendo."
"Eu nunca quis sentir que estava apenas de passagem, mas tinha medo de que isso fosse parte inevitável do processo de envelhecer e aos poucos ir chegando mais perto do fim. Uma tendência a aproveitar menos a vida e cada vez mais apenas se limitar a tolerá-la."
Ela não tinha medo de envelhecer, mas estava assustada com o fato de que sua vida iria para uma nova fase, assim como uma série que foi renovada para a próxima temporada.
O livro não fala só sobre idade e crises existenciais, mas também fala muito sobre o amor, não é à toa que o título é "Tudo o que eu sei sobre o amor". Durante a leitura eu consegui entender mais ainda sobre como o amor pode estar presente em nossa vida de várias formas e não só no sentido romântico. A Dolly conheceu vários caras, ela sofreu por amor, sofreu com ele e pela falta dele. Podemos nos sentir tristes porque o amor nos decepcionou ou podemos nos sentir tristes porque queremos viver um amor, um amor bonito e de verdade. Era isso que Dolly queria.
Marquei diversos trechos desse livro e vou compartilhá-los com vocês nessa resenha, pois, apesar do livro ter me decepcionado a princípio, o final realmente me surpreendeu. Esta é, com certeza, uma indicação para você que está prestes a entrar em uma nova fase da vida, ou para você que está em crise existencial, sofrendo por amor, ou até mesmo tentando se encontrar dentro de sua própria vida.
É um livro que fala sobre amizades, amor, carreira, decepções, descobertas... É um livro que fala sobre a vida e suas fases. Temos fases boas, fases tristes, temos fases em que estamos rodeadas de pessoas e outras em que nos sentimos sozinhos, mas são só fases. "Tudo o que eu sei sobre amor" mostra a trajetória de uma mulher desde a adolescência até a fase adulta. Esse livro nos ensina a ter um pouco mais de amor próprio, a nos valorizar dentro e fora de um relacionamento, a importância das amizades, e muito mais.
"Sei que o amor acontece debaixo da beleza esplendorosa da lua e das estrelas, dos fogos de artifício e dos pores do sol, mas também acontece quando você está deitada num colchão inflável no quarto de outra criança, sentada no pronto-socorro, na fila para pegar o passaporte ou num engarrafamento. O amor é uma coisinha silenciosa, tranquila, relaxante, pretensiosa, harmoniosa, um sussurro - algo que pode estar ali sem que você se dê conta, embora seus braços estejam esticados para segurá-la caso você caia."
No livro, Dolly diz que tudo o que ela aprendeu sobre o amor foi com as mulheres com quem passou grande parte de sua vida. E eu posso afirmar que tudo o que eu, Maria Eduarda, aprendi sobre o amor (até agora) também foi com as mulheres que estão ao meu redor. Elas sempre me fizeram entender o que é o amor, sempre fizeram com que eu me sentisse amada e sempre me ensinaram sobre o tipo de amor que eu mereço em minha vida. Você não precisa estar em um relacionamento para ser amada, não precisa ter o melhor emprego do mundo para ser uma boa profissional e também não precisa estar bem o tempo todo. Se você estiver em um dia ou fase ruim, com certeza as pessoas que te amam estarão dispostas a te ouvir e a estarem com você.
"Tudo o que eu sei sobre o amor" mostra as fases da vida de uma mulher. Lendo sobre as experiências da Dolly somos lembrados de que cada fase tem seu valor e que o amor e apoio das pessoas ao nosso redor são essenciais para nos ajudar a lidar com as incertezas da vida. É uma leitura recomendada para quem busca compreensão e conexão em meio às complexidades da existência.
Obs: Não esqueça de conferir a classificação indicativa do livro.
With love, Duda.
mt daora
ResponderExcluirAmei a resenha e estou tendenciosa a comprar esse livro agora rs
ResponderExcluirRecomendo!
ExcluirPrimeiramente, parabéns pela resenha. Vou colocar meu ponto de vista. A adolescência para muitos foi torturante, intensa e chata! Pode ser isso que a autora quis mostrar no livro. Sobre o amor, a maioria das pessoas resumem o amor com o amor romântico. O ter um parceiro ou parceira do lado. Se eu tivesse entendido isso antes, muitas coisas chatas teriam sido evitadas na minha vida. Quando entendemos que o amor é muito maior que um namorado, marido ou pai. Você passa a se valorizar e ver que seu valor é muito maior e passa a não aceitar qualquer coisa. Eu entendi que antes do amor de natureza humana eu fui amada por Deus. Alguém que se entregou por inteiro por mim. E com as experiências no decorrer da vida, passar a valorizar as pessoas que querem fazer parte da minha história. Podemos ver e sentir o amor nas coisas simples da vida.
ResponderExcluirExatamente isso! O amor não necessariamente precisa ser romântico, e a partir do momento que entendemos mais sobre o amor de Deus, tudo muda. Amei ler seu ponto de vista.
ExcluirLivro interessante e com temas bem atuais. Novo queridinho da minha estante.
ResponderExcluirParabéns! Amei!
Obrigada!!!
ExcluirAnciosa para o próximo!
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